Esta semana gostaria de voltar a falar de tecnologia, pois é algo que também consome muito meu tempo. O atual cenário de pandemia com certeza ajudou e ajuda, potencializado isso. Ao mesmo tempo, pessoas e empresas foram levados a antecipar as tendências porque temos um mundo diferente, precisando se adaptar ao presente momento. Abaixo, cito alguns termos que entendo que todos deveremos ter que conviver daqui para frente, e claro, melhor que isso, entender – material originalmente vindo do estudo da Gartner:
- IoB – Internet of Behaviors. Ou a internet orientada a novos comportamentos. IoB pode reunir, combinar e processar dados de muitas fontes – de dados comerciais a informações governamentais e redes sociais. O IoB tem implicações éticas e sociais;
- TX – esse é o novo estágio da UX (User Experience): a Total Experience (TX). Vai combinar a chamada multiexperiência: a do cliente, a do funcionário, o do pós-venda. O objetivo é melhorar a experiência geral. Uma tendência que permitiria às organizações entender melhor elementos disruptores surgidos com a Covid-19;
- Privacidade – esta tendência permite que as organizações colaborem em pesquisas com segurança em todas as áreas e com concorrentes, sem sacrificar a confidencialidade. Uma urgência em função da necessidade crescente de compartilhar dados e de leis mais duras de proteção à informação;
- Nuvem distribuída – nuvem em que os serviços são distribuídos para diferentes locais físicos, mas a operação, a governança e a gestão permanecem sob responsabilidade de provedor de nuvem pública. É o futuro da nuvem;
- Ruptura espacial – empresas em todos os setores precisam pensar um modelo de operações a partir de qualquer lugar. Na essência, é o modelo operacional que permite que negócios sejam acessados, entregues e consumidos em qualquer ponto onde estiverem os clientes, os empregados e parceiros. “Digital First = Remote First”;
- Segurança Cibernética – trata-se de pensar a segurança de forma 100% responsiva e modular. É uma abordagem arquitetônica distribuída para controle escalonável, flexível e de confiabilidade;
- Novo BI – de verdade, é o seguinte: a área de inteligência estratégica de seu negócio não será uma área. Será cada funcionário da empresa. Para isso, se tornará obrigatório melhorar o acesso às informações, ampliar esses dados e ter a capacidade de responder rapidamente às implicações dessa visão. Ou seja: autonomia e democratização do BI;
- Engenharia de IA – Inteligência Artificial será tão necessária quanto a sua contabilidade. Atualmente, projetos de IA enfrentam problemas de manutenção, escalabilidade e governança em boa parte das empresas. Ela precisa se tonar parte indefectível do dia a dia;
- Hiperautomação – sabe aquela ideia de que tudo poder ser automatizado? Então. Pode. Colchas de retalhos de tecnologias em sua empresa podem ser problema. Pense que tudo precisa ser: enxuto, otimizado, conectado, claro e intuitivo. A aceleração dos negócios digitais exige eficiência, rapidez e democratização.
Eu ainda complementaria o acima dito com algo que entendemos ser cada vez mais necessário, que é existir uma área de consultoria na empresa que possa sempre fazer uma boa leitura das necessidades das operações de nossos prospects e clientes. Mais que isso, ter uma boa equipe de engenharia para desenvolver customizações que se fazem tão necessárias para que as operações sejam cada vez mais produtivas, e é claro, integração com os demais sistemas. Não diria que são necessárias menos cabeças, mas, com certeza, cabeças mais preparadas e treinadas. Isso é o que buscamos progressivamente praticar dentro de nossos ambientes, sabendo que isso necessita de muita dedicação, foco e tempo. Enquanto de um lado (tecnologia), buscamos cada vez mais o quantitativo com qualidade do outro lado (equipe), temos que cada vez mais sermos seletivos, enxutos e praticando custos que sejam factíveis ao mercado.
Entendo que toda empresa de tecnologia está passando por isso. De nosso lado, estamos tentando sempre tratar as coisas de uma forma cada vez mais dura na análise e planejamento, buscando através de “Sprint’s” e MVP’s modelar a soluções e depois de testada em ambiente controlado, aí sim implantar, depois disso ainda ajustar em operação e depois escalar.